Páginas

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Ouça-me

Ouça-me.
Decifra-me.
Disperse esse ar melancólico que me envolve e ouça-me.
Ouça meus gritos, meus choros, minhas canções, minhas palavras.
Ouça meus segredos e meus desejos.
Ouça meu silêncio, que grita em desespero.
Ouça tudo que lhe interessa e depois, deixe-me.
Pode deixar-me. Não tem problema nenhum.
Estou acostumada.
Até porque, você tirou minha tristeza por um misero segundo.
E, até porque, talvez, eu goste da minha tristeza.
E, até porque, é assim que sou.
E, até porque, eu gostei de ti.
Mais do que podia. Mais do que me atreveria.
Mais do que eu mesma me ouviria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário