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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Lábios

Beijo-te e o gosto de café inunda minha língua.
O gosto da bebida que estou aprendendo a gostar ainda causa-me estranhamento.
Mas, em tua boca, torna-se algo bom.

Beijo-te e sinto o gosto de cerveja.
Da bebida que tanto recuso.
Mas, em teus lábios, ela não é amarga, é doce.
E recuso-me a parar de beijar-te.

Quando meus lábios não estão de encontro com os teus, sinto essa necessidade.
E se não a sinto, vejo meus lábios abertos e prontos para falar sobre ti.
De ti. Para ti.

Controlo-me ao notar que já falei.
Descontrolo-me ao perceber que quero falar cada vez mais.
Peço desculpas, digo que passarei um tempo sem falar.
Porém, em menos de dois minutos, já estou falando de ti novamente.

Penso em você.
Em teu beijo. Teu abraço.
Penso nas palavras que profere para mim.
Lembro da noite em que disse que era bom sentir que podia gostar de alguém.

Lembro de sentir o mesmo.
Mas, meus lábios se fecharem para não tornarem-se um eco de suas palavras.
E abrirem-se novamente para receber os teus.

Meus lábios encontram-se dependentes dos teus
E em seus lábios encontro uma segurança que não tem fim
Estou me apaixonando, querido
E espero que permaneçamos assim

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