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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A dita paz

O sol que entrava na pequena fresta da janela.
O barulho do gotejar da torneira meio aberta.
A sala vazia que insistia em me lembrar
da partida
da tua ida
do fim de qualquer coisa ocorrida.
O fato que nos trouxe este fardo.
A situação que nos impôs esse cargo
que não aceitamos
para o qual nem sequer fomos treinados
Tu não tinhas maturidade
eu não tinha mentalidade
nem sabia quem eu era
só sabia que a ti era ligada
Por sangue, sobrenome
A ti estava atrelada
e continuo
nesse mundo em que tu sempre volta
por mais que eu queira que tu vá
Tu fez tua escolha
e quem sou eu para te mudar?
Se nem Deus quis tentar
quem sou eu para lhe falar?
Que o que fazes é errado
que consumiu o seu pecado
e que a culpa é toda tua
por sempre falhar
sem ao menos tentar.
A dor não me afeta mais.
Se quiseres viver com tais
falsidades
pseudo felicidades,
Vai-te, deixe-me em paz
e deixe-me para trás
como tu sempre faz

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